Diário de ensaios e desenvolvimento do “Processo de Estudo para Fados e Afins”
➤ Dia 01/09/2016 (Quinta-feira)
Ensaio, na Cia Balagan, quinta-feira de manhã.
Exposição Portugal/Portugueses Arte Contemporânea, no museu Afro brasileiro. Temos que ir.
O músico, Divanir Gatamortta, enviou alguns trechos de fados antigos trabalhados. Ficamos debruçadas sobre a tradução de um deles, cuja melodia muito nos encantou. Ficou assim:
Lá embaixo vem João Jorge
No seu cavalo é montado
Deixa-te estar Juliana
No cameô te sentado (não sabemos muito bem)
Consta cá oh João Jorge
Que tu que te vais acasaire
É verdade ó Juliana
Já te venho convidare
Esperai um bocadinho
Enquanto vou ao sobrado
Buscar um copo de vinho
Que para ti tenho guardado
Juliana, Juliana!
Que deitaste ao teu vinho
Já tenho a vista turva
Não vejo meu cavalinho
Eu te deitei, ó meu vinho
Que lhe havia de deitare
Deitei-lhe sangue de víbora
E de lerga tu é murare (não sabemos muito bem)
Pois se minha mãe pensava
Que tinha seu filho vivo
Pois se minha julgava
Que tu casavas comigo
Claro que não utilizaremos a letra.O Diva vai fazer uma versão apenas instrumental.