Oficina com o músico Lívio Tragtenberg; continuidade dos ensaios do projeto “A um Passo da Aurora” c
OFICINA com Lívio Tragtenberg, de 15 a 18 de Abril:
CRIAÇÃO MUSICAL COM PARTITURAS GRÁFICAS
O compositor e músico Livio Tragtenberg nos conduziu desde a história das partituras gráficas e nos deu exemplos e estratégias de criação de uma partitura gráfica, além de suas possibilidades de leitura. Foram utilizados exemplos desde a Antiguidade até os dias de hoje, passando por compositores como John Cage, o grupo Fluxus e Dick Higgins até o compositor brasileiro, Guilherme Vaz.
Trabalhamos sobre algumas partituras gráficas de Guilherme Vaz.
Programa das aulas 1. História da Notação/ Guilherme Vaz e a poesia 2. Exemplos de Escrita- a notação na música 3. Guilherme Vaz 4. Criação Coletiva
Lívio analisando partitura de Guilherme Vaz
Partitura trabalhada pelos alunos
Guilherme Vaz
Resumo das primeiras semanas de ensaio em Abril
Revisitação da trilha sonora – escuta conjunta durante os aquecimentos. Os aquecimentos são realizados com auxílio do material da Eutonia e de outros trabalhos de educação somática. Através deles entramos em contato com alguns dos materiais que servirão de base para a construção das cenas, do ponto de vista sensório-motor. Trabalhamos a pele, a sensação do apoio dos ossos, as alavancas e o suporte para as caminhadas. Demos especial atenção para a musculatura mais profunda com a utilização de elásticos apoiados nos calcanhares. Trabalhamos os pés com bambus e bolinhas de tênis para acordar o sistema de transporte de forças pelo corpo desde baixo até a cabeça.
Fazendo a contagem de tempo de cada extrato escolhido até o momento. Trabalho com caminhadas sobre desenhos geométricos – PASSACALE
Experimentos com texto para o PASSACALE Rex - Você gosta da sensação de Abismo? Mari - É preciso gostar de abismo? Rex -Guilherme pede o mergulho no abismo. No tempo estendido. Mari - O que é tempo estendido? Rex- Uma forma de longa duração. Mari – Uma foram de longa duração é uma forma de viver ou de negar o tempo ? Rex- A forma de longa duração é uma das colunas do pensamento do Guilherme. Sua própria concepção do Universo. Mari- Seu abismo? Rex- Um caminho.
Conversas sobre o texto inicial e a sequencia com movimento e fala sobre os ossos.
A arte vem daqui. Todas as intuições. Alta noite na selva. A potência do ermo na unidade, claramente pressentida pelos ossos. O s ossos têm uma potencia de percepção não descoberta. Os antigos sabiam disso. Potências desconhecidas. Estava procurando lacunas desconhecidas que só poderiam ser achadas lá, e as achei. Que infinita alegria. Meus ossos emitiam pura luz. Pura luz. Minha observação vem da música, som e arte, não como algo desconhecido, mas como algo nos move... arte como uma nuvem luminosa e transformação difusa. A distância entre o céu noturno e a terra ainda é muito grande na Europa, entre a cabeça e os pés, entre coisas ditas superiores e inferiores. Os povos indígenas do Brasil e da América não se apegam a objetos, apenas em seu espírito e no seu desenho... Podemos aprender apenas uma ideia. A América é a fronteira entre ser e não ser, entre origem e forma, entre o conhecido e o desconhecido. Nós somos o coyote, nós, artistas da América. Alta noite... Tirei o meu maracá e comecei a tocar andando no meio da mata, tocava e caminhava como num rito. Eram duas horas da manhã no meio da Amazônia. Percebi que o som do maracá limpava a energia da floresta... Alta noite na floresta. Ali ecoavam os sons das sementes, como no inicio do mundo.
Regina experimentando máscara de mergulho para cena em que falo sobre os ossos e suas três camadas: periósteo, parte compacta e medula.